quarta-feira, 24 de novembro de 2010

MINHA POSSE NA CASA DO POETA


Eu disse pra meio mundo
que  muito escrevi no  “Menestrel “
e que  minha posse na Casa do Poeta
Recebi como um presente do céu

Não foi mera vaidade
muito menos presunção
E sim por saber que
Eu não vivo enganada
Conquanto os irmãos de “ sonhos e rimas “
tão bons, tão puros , tão lindos
fizeram “ naquela hora”
voltar ao meu coração
a felicidade que ,pensei
 tivesse desaparecido do meu mundo
 em face à tanta decepção

A emoção que senti no momento
Fez-se em fantasias brotar e
( “  - Qual trapezista dos ares
Voando de trapézio em trapézio
vencendo obstáculos e a  tudo suportando no ar “ )
consolidei a certeza que eu tinha:
_ Tudo na vida é efêmero
Menos a capacidade de amar
Que tudo vence e a tudo faz suportar “

Você que não é poeta
Mas às vezes se põe a “ensaiar “
Abra seu coração.busque aprender as técnicas
.Risque, rabisque,escreva,apague
Outra vez escreva
Quem sabe em dado momento
A musa desapercebidamente não folga em lhe visitar?

E você caro padrinho
Que ai do alto me lê agora
Tenho certeza está sorrindo
Ao ver que  sua afilhada
Não podendo mais escrever no “finado Menestrel”
Traça estes versos brancos neste Blog
E espera que a poderosa Internet
Que a tudo e todos alcança
Possa romper as nuvens
E levar este escrito  até onde você está- o Céu-

Mariinha-24/11/2010      EM MEMÓRIA DE :FRANCISCO LUZIA NETO  (Meu padrinho de poesias)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

HOMICIDA




Que horror!
Duma feita me disseram
Isto é tema pra poesia?
Poeta não fala só de
Amor, flores e alegria?




Então, três dos poetas
Que estavam junto comigo
Não se contiveram.

Gargalharam até não mais poder e
Endosaram o que passo a lhes dizer:

_ Meus companheiros de vida
                                                                    Meus amigos, meus irmãos
                                                                 Todos podem ser poetas
                                                                  Basta abrir-se ao amor
                                                                    Falando de flores, ou não.

                                                                Como seria bela a vida
                                                                Se todos soubessem versejar
                                                                E jogando bonito com as rimas
                                                        Fizessem deste mundo
                                                          Um pedacinho do céu -
                                                           um bonito e“  bom lugar “

                                                     Mas o homem-animal social –
                                                      E  por excelência “ rico de instintos”
                                  Sendo a maioria deles
                                         Infelizmente voltados ao mal
                                            É , queira ou não - um homicida
                         Título deste poema

                                                 Senão de fato , inconscientemente o é .
                                                     Principalmente quando projeta nos outros
                              O que tem de mais torpe ,
                                      O ciúme, a inveja a arrogância
                             E ,tudo o mais que tem
                                       Que lhe aumenta a ignorância.

                                        Matando aos poucos no irmão
                        a alegria pela vida
                                                    a esperança de uma boa convivência
                                fomentando muitas vezes
                                         interrogações,desilusões e um
                                        abafado pedido de clemência
Mariinha-nov-2010

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

AUTO - ANÁLISE




Sou como sou
Tenho altos e baixos
E , quem não os têm?
Mas, de precioso tenho
(E disso não abro mão)-
Autenticidade , bondade e
Um grande coração

Um  coração cheio de amor
Que distribuo a meus irmãos
E que tem como algo nobre
Grande força de perdão

Muitas vezes  não faço o que querem
E com isto frusto os semelhantes
Mas acima do “ meu querer “
HÁ UMA SENTINELA ATENTA
Que comanda meu proceder

Seu nome é – Consciência –
Que a noite descansa tranqüila
Por ter sido respeitada
Sempre que é consultada

Não sou vingativa
Busco em tudo a humildade e
sou sensível até não mais poder

Quando  digo que te amo
O  faço sinceramente
Eu não minto , acredite
Ponderei e não vascilo

Não oculto sentimentos
Estampo no meu olhar
A força do
Verbo Amar
Que é visto por  “toda gente “.

mariinha

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

UMA VEZ


Uma vez, num lindo dia
Do mês das flores, de Maria
Deus em Sua Onipotência
Criou uma linda estrela
Pequena...bem pequenina
Que mais e mais refulgia

E , ao criar  com tanto Amor
Uma estrelinha tão bela
Deus em sua Onipresença
Traçou um caminho pra ela

Seria:- “estrela e poetisa”
As luzes de sua Alma
Irradiariam fulgor
E seu coração seria
Um santuário de amor

Um amor, tão belo , puro
Que , de abstrato em concreto se faria
E todos que dele se aproximassem
Ficariam “ enfeitiçados “ e jamais
A”ele” resistiriam

E a estrelinha cresceu
Enorme se tornou
Clareou a humanidade
Prosas, rimas e versos
A estrela- poeta cantou

E sempre a brilhar...
A estrela pôs-se a cantar:
Poemas mil
Que fulgor!

Mas mesmo assim
a estrela ainda  é triste
Pois sente saudade de Deus
E, não vê chegada a hora
De retornar sem demora
Às mãos d”Aquele que a fez.

Mariinha 19/07/93

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

EU ERA FELIZ E NÃO SABIA

( EXCLUSIVAMENTE PARA MAMÃE ROSÁRIA CRUZ VERONEZI )

Que ânsia é esta
Que me deixa triste
Desassossegada
Sem ver beleza
Em quase nada?

Que ânsia é esta?
Eu busco e não acho
Eu pergunto e não ouço resposta
Eu me agito...
e... nada adianta
pois minha solidão é “ tanta “.

Tranquei-me dentro de mim
Não vejo graça em mais nada
Tenho “tudo “
E até o “ tudo “ me enfada

Que ânsia é esta?
Eu não quero admitir
Mas...chegou o momento
De lhe dizer- Mamãe- :
_Você sim ,  foi minha amiga
A única que soube me amar
E agora eu não mais aguento
Disfarçar e não falar

Desde que você partiu, mãezinha
Momento em que não quero mais pensar
Eu fiquei triste, muito triste...
E mesmo cercada de gente
Eu me sinto tão sozinha
Pois não tenho com quem falar


sábado, 13 de novembro de 2010

TEMPESTADE INTERIOR

Ventos uivantes
Àrvores balançam
Negrume no céu
É a tempestade que chega

Raios riscando a imensidão
Grossos pingos que caem
E as nuvens não mais suportam o peso
Das gotas evaporadas.
Gotas que subiram
Dos mares , rios , lagoa
e de suas roupas
que deixei secando no varal

E você partiu...
Sua roupa tornou a molhar
Com a chuva que cai agora

Também não me importei em recolhê-la.
Você partiu. E dai ?
Nem quero mais saber de nada
P_ois a tempestade de meu peito
É maior e mais tremenda
Que a tempestade, fenômeno natural
Que se anuncia.

Chove lá fora
Chove aqui dentro também
Choro lágrimas sentidas
Pela falta de meu bem.
mariinha

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

UM , DOIS , TRÊS




Um pulo
Um salto
Um grito
Um sorriso
Um grande amor
Dois corações
Um reencontro
Dois sexos...
Uma paixão

Um grande amor
Uma canção:
“Garoto...lá..lá..
Um lençol
Um beijo...

Um grande milagre
Nasce uma nova vida
Um homem
Uma mulher
Um amor
Dois amantes
Uma canção
Uma emoção

Fruto do Amor
Já pulsa em mim

Estava só
Ficamos dois
E, sem que percebêssemos
Já somos três
1967 -Mariinha


AVES QUE VOAM


Nos altos picos dos montes
Abrem asas, crespas,belas
Aves, cortando o  horizonte
Que grande alegria –a delas-

Quisera ser um pardal
Ou, um pombo correio esguio
Viajando pelo mundo ou
Voando sobre o rio

Quisera poder voar
Pelos céus, por entre nuvens
E quanto mais alto chegasse
Mais feliz eu ficaria

E de cima jogaria
Pétalas suaves , macias
Não de rosas, nem de cravos
Mas de amor e de alegria

Gostaria de poder
Acabar com as tristezas
E fazer com que os homens
Enxergassem a grandeza

Grandeza de todo ser
Que habita este planeta
Grandeza da vida que temos
Maior dádiva Divina
Grandeza do infinito presente
Que nos deu o Criador:
“- A alma de cada ser
Pura e repleta de amor.”

mariinha


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

NA BELEZA DAS PALAVRAS




Enquanto
Eu
Pisar
Na
Terra
E
Viver
Farei :

Rimas em versos
E
Poemas
Crônicas
Trovas
Pra
Almas boas
De
Pessoas sensíveis
Que
Sintam nas
Cadências ritmadas
A suave melodia
Que há dentro de mim
E que quero extravasar
“na beleza das palavras”
mariinha

POETA




Agora
Aqui
Nesta hora
Ou...
Lá... em qualquer lugar
Onde o sol se põe
Onde há tristezas
Ou... onde reina o Amor

Num cantinho qualquer
Deprimido ou
Eufórico
Com tempo ou sem ele
Num abrigo
Numa tapera
Num palácio
Ou
Num “NADA”
Mora  “ELE “
O Místico
Sonhador
Romântico
Aquele que “ canta “ a natureza
Aquele que sonha acordado
Aquele que onde vai
Leva consigo a Musa
Ele !
O incompreendido
            P
               O
                  E
                     T
                        A


Mariinha

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A MUSA, EU E O TÚNEL

A musa abaixou-se
E cochichou no meu ouvido:
-Não fale de coisas fúteis
Nem tampouco deixe o leitor comovido

De que falo então ? Oriente-me por favor!
Não faça como de outras vezes
E , quando precisar se ausentar
Inteire-me , seja qual for o lugar para onde for

-Calma! Disse-me a Musa sorrindo
Não fui a lugar algum
Aconteceu que:
No seu coração
Passei um longo tempo dormindo

E você nem se apercebeu
Porque vive  “mais fora que dentro”
E, sendo que , tudo julgava em ordem
Não fez mais qualquer introspecção
Deixando em perfeito silêncio
O berço de seu coração

Mas vamos lá! Mãos à obra !
Fale em seus versos sobre
O “TÚNEL DAS DROGAS”.
Aquele túnel de entrada larga
Larga e cheia de luz...
Mas  advirta a todos que , não se iludam
pois o túnel a lugar nenhum conduz

Diga também e frise bastante que:
No meio , bem no meio
Ele é bastante apertado
E estreito, muito estreito
Com sombras e escuridão
E quem dentro dele entrar
Caso queira retornar
Vai encontrar mil obstáculos

O pé quase não mais alcançará o chão
E o adentrante irá sofrer , suar , chorar e...
Só por  Deus e com muito esforço
Do túnel poderá escapar

Mariinha-março 1998