quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

EU NÃO ACREDITO EM PAPAI NOEL

Desde pequenina ,. Meus pais já me diziam:
_”Nada de Papai Noel
Ele não existe
Isso é tudo invencionisse”

E explicaram tudo certnho
Que era o Menino Jesus
Quem dava condições a eles
Para nos dar os presentinhos

Certa feita, no Campo de Marte
Numa linda festa de Natal
Papai Noel desceu de paraquedas
Alegria e gritos das crianças !
Felicidade! Euforia geral.

Tinha eu, apenas nove anos
E junto com as meninas
Sentia muita alegria.
Mesmo sabendo ser:Papai Noel “de mentira ‘
Entrei no mundo da fantasia

Hoje alguém me falou:
“-Eu não acredito em Papai Noel “
Então eu lhe disse:
“_É tão bom fingirmos que somos crianças
Entre comigo no mundo da fantasia e
Quem sabe Papai Noel
Com suas renas, seu trenó e um grande sino na mão
Consiga fazer o milagre de unir todos os povos
No mais sublime Amor Universal
E faça com que na terra
Todo dia
A toda hora
Seja em cada coração
De Jesus
Do Menino-Jesus
Sempre NATAL.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

ANJOS DE ASAS ENGOMADAS




Estava uma festa

Ouvia-se uma gritaria

No céu era só alegria.



As passadeiras corriam

De um a outro lado

Do canto esquerdo ao direito

Tinham que acabar o serviço.



O tempo estava correndo.

Vida de prestadoras era isso;

E tudo tinha que ostentar o maior viço.



Pronto! Tudo certo.

Os anjos iriam viajar.

E, já com as asas engomadas,

Pegaram carona na primeira nuvem que passava

Deram adeus aos que ficaram

E, felizes, muito contentes

Para o Planeta terra rumaram



Tinha aqui, cada qual sua missão

Ou melhor dizendo:- a missão era a mesma.

Cada ser sim, é que era diferente.



Enfileirados nos berçários, os bebezinhos.

Outros, nas próprias casas

Rodeados das mãezinhas e das parteiras

Esperava cada qual “o anjo guardião”

Que Por eles zelaria a vida inteira.



De peitos estufados

Sorrindo, atentos

Irradiando luz

Eles-os anjos-chegaram.



Ninguém via nada

Nem podia sentir a satisfação

Daqueles anjos felizes

Que tinham as asas engomadas

E, nos olhos

O brilho

Carregado dos mais ricos matizes.

27/08/2011 mariinha

UM DIA

Um dia
Quando todos forem iguais
Quando nenhum "alguém" quiser ser "mais"
Um dia em que o choro acabar
E Deus definitivamente a morte derrotar
De mãos dadas sorriremos
E felizes cantaremos:
- Foi-se embora toda dor.
Na nova terra só ficará quem conhecer o AMOR
Não haverá nenhum vestígio de mal
Veremos da natureza os mais lindos matizes
E aí sim- seremos todos verdadeiros irmãos
E muito, sem fim, profundamente e
Imensamente felizes.
mariinha 07/11/2011-Amparo-S.P

terça-feira, 2 de agosto de 2011

POR QUE ODIAR?



Durmo.
Sonhos cruéis me atormentam
Águas de grande lagoa
Querem meu corpo tragar
Meus sonhos são prévios avisos:
_Há um irmão
Ele vive pra odiar

Em vão,
Pois ódio destrói
Só aquele que a ele sucumbe.

A mim não
Isso não cabe
Pois meu amor
Todo ódio corrói

Para o bem
Vivo neste mundo cruel
Onde irmãos ao invés de ofertar água
Estendem taças de fel

No entanto,
Aprendo cada vez mais perdoar
E vou me sentindo
Dia a dia mais feliz
Procuro sorrir e digo a quem goste de odiar:

“_ Se um dia o Céu lhe culpar
Lembre-se:- foi você mesmo quem quis. "

Mariinha-sem data

MEU FILHO MARCO ANTONIO



Minha musa
Olha pra você
Meu anjinho
Pintadinho
Pequenino

(Escuto-o dizer:)
_Mamãe fale de minha irmã...
Sabe mamãe
Eu tenho uma:
Ela é a Claudinha
E se parece com uma rainha.

Meu anjinho
Pintadinho
 Pequenino

Criança inteligente
Em seus cinco aninhos
Ontem fugiu de casa
Com chapeuzinho de palha na cabeça
Sorte que o trouxeram de volta
Temendo que algum mal lhe aconteça

Onde estava este menino?
Aflita perguntei ao senhor.
Ele estava, ( da praça) no coreto
Com os bracinhos cruzados
E olhando pra todos os lados

Obrigada!Balbuciei
Fiquei tão contente
O como expressar eu nem sei
Menino danado

Meu anjinho
Pintadinho
Pequenino
Meu Marquinho

Mariinha 1973

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

PRECE DE AMOR


Um coração inquieto
Tinha Santo Agostinho
O meu, se parece ao dele
Trilhando este caminho.

Este caminho difícil
Que fere meus pés ao andar
E eu, com ânsia e sede
De saber o que é “Amar”.

Ó Deus de Bondade Infinita
E de Misericórdia sem par
Deus-Meu Bem-Meu Amado-
Caminhe comigo- ao meu lado-

Infundi-me sua graça
Meu Pai e meu Criador
Ensina-me a amá-Lo
Ó Cristo, como meu Deus e Pastor.

E de mãos dadas Convosco
Sempre cantando louvor
Certeza tenho que um dia
Contemplarei Vossa Face-SENHOR!

Mariinha 08/03/1993

domingo, 31 de julho de 2011

VIAGEM

I

Todas as  noites eu viajo

II

Quando as pálpebras fecham
E o sono vem chegando de mansinho
E com furor vai se fincando
Minh’alma faz as malas
E dá pro anjo segurar

III

De mãos dadas, alegres
Eis-nos - num instante a levitar-

IV

Viajo por “N” lugarejos
Vejo uns
Outros nem vejo.
Sinto:
Paz
Serenidade

V

Se morrer for “sono profundo”
Deve ser de muita alegria e felicidade
A hora de deixar este mundo.

Mariinha-abril 1996

AS AVES



Arrumou ninho
Era verão- em breve-
Muito breve-felicidade
Nasceria o filhotinho

Outro verão; um irmãozinho
Mais um filhote
Quanta emoção
Estava completo o ninho

Chegou primavera
Mudaram estações
Verão e mais outro verão
Felicidade no ninho impera

Sob o sol ardente
Voam faceiras as aves
A fêmea estufa o peito
O macho voa quase sem jeito

Os filhotes já cresceram
Cada qual vai pro seu ninho
Macho e fêmea entristeceram
Voltam pra casa; - sozinhos.

Mariinha 24/03/96

sábado, 30 de julho de 2011

LÁGRIMA


Na vidraça
Encosto o rosto
A testa achatada
Cai a lágrima devagar
Escorrendo...
Como quem não quer nada
Fico olhando
Pensamento parado
Não há idéia formada
Fico olhando
A lágrima salgada que
Vai lentamente a vidraça embaçando

Mariinha
30/07/2011

O PINGO D’ÁGUA


Teimoso
Desce devagar.
Mas antes de empreender jornada, sem saber
Faz arder...
Faz arder...

Teimoso cai o pingo
Aparo com minha mão
Se não o cerco
Danado
Cai direto no chão
Mariinha (sem data)

TENHO QUE PODER



Eu posso?
Eu quero.
Será que posso?
...
Não, não posso
Mas quero.
Falta-me coragem
Eu quero, mas não consigo
Estou tão cansada
Por favor, MEU PAI
Por que aconteceu isto comigo?

quarta-feira, 27 de julho de 2011

CASAL DE PATINADORES DO GELO




Eu ia e vinha
Rodopiava no ar
E, quando no chão
Meus patins iam pousar
Havia dois braços firmes e fortes
Sempre prontos pra aparar.

As lâminas dos patins
Deslizavam para frente
Convergiam à direita.
Meu corpo bailava nos ares
Ao som da valsa
Valsa linda, linda valsa
Valsa muito, muito bem feita.

De repente do meu lado
O grande patinador
Erguia-me nas alturas
Rodopiava para a esquerda e
Delicadamente me colocava no chão
E enquanto as lâminas se arrastavam
Olhava-me com emoção

E lá íamos nós sobre o gelo
O casal de patinadores
Que arrancava aplausos mil
De uma platéia encantada
Com a beleza da arte
Arte que igual nunca viu.

Mariinha26/07/2011

terça-feira, 26 de julho de 2011

SEU JARDIM



Eu perdi
Eu sofri
Não colhi
Eis-me aqui

Você acertou
Você semeou
Você colheu
Aquilo que plantou

Nós juntos
Acertamos e erramos
Semeamos, plantamos
Mas só você colheu
Pois aquilo que plantei feneceu

Acho que eu não soube cuidar
Quando as plantinhas brotaram
Encharquei-as sem piedade
E as ervas daninhas gostaram

Foi uma luta por terra
Algumas sementes brotaram
Mas ervas más e plantas viçosas
Meus pequenos  brotos sufocaram

Por isto digo pra todos
Que o lindo jardim é só seu
De meu, só o vaso de orquídea
Que minha filha me deu.

Mariinha-26/07/2011

domingo, 24 de julho de 2011

FIM


 
Pois é
Você me viu
Aproximou-se
Enamorou-se

Pois é
Você disse que me amava
Que me era fiel
E com nenhuma garota flertava

Pois é
Você disse e
Eu acreditei
Acreditei e "me ferrei"

Pois é
Fui ingênua.
Você me traiu
Passou por cima
Dos meus sentimentos
E foi comigo "tão frio"

Pois é
Mas quando se deu conta
Do mal que a mim e a você havia feito
Arrependeu-se, quase desesperou
Foi muito sincero- pediu perdão
Prometeu que andaria "direito"
E me amaria nesta vida, até o

Pois é
Eu lhe dei o meu perdão
Só que quando você pediu pra voltar
Eu não lhe dei o meu sim
E para sua grande e inesperada tristeza
Em nosso namoro, pra sempre pus um
FIM
 
Mariinha 24/07/2011
 
 
 
 
 
 
 
 

sábado, 23 de julho de 2011

REMINISCÊNCIAS



 
QUANDO VOCÊ PASSAVA
EU LHE OLHAVA
E ERA IGNORADA
EU PENSAVA:- QUE PENA,
TENHAM DÓ!

QUANDO EU FAZIA MEUS PASSEIOS
PELAS RUAS DA CIDADE
VIA VOCÊ E FICAVA DESLUMBRADA
EU ERA IGNORADA
PENSAVA:- QUE PENA,
TENHAM DÓ!

QUANDO NA MATINÊ
NO ESCURINHO DO CINEMA
EU SENTAVA PERTO DE VOCÊ
MUITO APAIXONADA
ERA IGNORADA
ENTÃO PENSAVA:- ELE NÃO ME VIU.
QUE PENA, TENHAM DÓ.

MAS NAQUELA LINDA NOITE
QUANDO VENCIDO POR MEU OLHAR
VOCÊ SE ACHEGOU
PEGOU EM MINHAS MÃOS
(MINHA MEMÓRIA OLFATIVA, ATÉ HOJE
GUARDA A LEMBRANÇA DAQUELE MOMENTO
QUE ENFIM CHEGOU).
ABRAÇOU-ME
E ME BEIJOU
EU PENSEI:
NINGUÉM É TÃO FELIZ COMO HOJE SOU.

EU NÃO MAIS PENSAVA.

DE TANTA ALEGRIA
MEU CORPO QUASE LEVITAVA
E FALAVA:
NINGUÉM MAIS PRECISA DE MIM TER DÓ.
SABEM POR QUE?
DA FITA QUE NOS SEPARAVA, DESATOU-SE O NÓ.
AGORA ESTAMOS PRA SEMPRE JUNTOS
AMAMOS-NOS E JURO:
_NUNCA MAIS VOLTAREI A SER SÓ.

Mariinha22/07/2011

quinta-feira, 21 de julho de 2011

OS DOIS LADOS DA FACE



O "tímido" é reservado
Tem medo até de falar
E é tão severo consigo
Que censura até o próprio olhar

Já o "chato "- é o "presente-ausente "
Que mesmo quieto é desconfiado e
Está sempre a matutar: - Que pessoa
Esquisita .Não sei nem como lhe olhar...

Às vezes o chato é um enigma e
Sendo assim, perco-me na divisa
Dos dois lados de uma face
À direita a timidez que me comove
À esquerda a chatice que deploro

Não querendo ser injusta , nem
Ferir meu semelhante faço tudo
O que posso pra manter alegre meu semblante.

Sendo assim,vou enrolando o novelo da vida
(Que já me aprontou poucas e boas )
Em torno dessa face diferente e
Deixo que a ela se aconchegue
À lã do meu afeto visando
Amainar seu coração
Para que a tristeza que ocultamente sinto
Possa se transformar em alegria
Principalmente nesta noite ,
de tristes recordações e
Que se apresenta tão fria.
Mariinha
13/06/2011

terça-feira, 19 de julho de 2011

MARCAS


I

“_Professora, eu sou tão pobre”
Aquela meninazinha dizia
Todo dia a mesma voz
Todo dia o mesmo “ai”

Pobre?
O que é ser pobre?

Vem cá, rica menina
Vou lhe fazer, do saber, “maestrina”

Todo dia estarás a me ajudar
E no final do ano cantarás:

“_Professora, eu sou tão rica”
Sou rica muito rica porque
Aprendi: ler, escrever
E até ajudei “ensinar”.

Então me ouvirás dizer:
Eu não lhe disse menina
Que serias maestrina?
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
II
E o és, pois me ajudaste a reger
Minha orquestra profissional
E, só quem é rico de saber
Pode reger semelhantes
Vendo satisfação e alegria
Não só no seu
Mas em todos os outros semblantes.

Mariinha
20/07/2011
Para Leonor(Hoje professora e minha ex-aluna)

DE REPENTE:- VOCÊ-



De repente
Sua voz
Sua ternura
Su’imagem
Sua “ausente-presença”
Sua lembrança
Minha felicidade
De repente
Você

segunda-feira, 18 de julho de 2011

COMO É LINDO MEU JARDIM



Gramado verde
Relva molhada.
Aurora.
O primeiro raio de sol
Pela fresta da porta adentrou meu quarto
E a luz clareou o aposento.

Passei a mão pela face.
Cútis macia
Um verdadeiro” veludo”
Ver o nascer do dia
É muito bom. É quase tudo.

Levantei
Abri a janela
A roseira majestosa
Mostrava a rosa mais bela.

Enrolados nas grades de ferro
Os galhos da primavera
Exibiam os pistilos das flores em cachos que
Piscavam sem vergonha alguma
Para as outras flores:- as flores-de-maio
Das mais variadas cores que
Nos ares faziam um ensaio

Ensaiavam qual seria a melhor posição
Em que ficariam à espera dos beija-flores
Estavam certas elas. Enfim eram a mais bela atração.

Pouco a pouco as avezinhas se achegavam
Pousavam nas lanças do portão.
Um ligeiro toque na primavera...
Sugavam o néctar das flores
Depois se dirigiam para as outras
Pousando disfarçadamente nos finos galhos de hera.

Algumas borboletas coloridas
Davam seu passeio matinal
Eu pensava radiante:
_Minha casa é tudo de bom.
Há gramado, há flores
Há avezinhas e insetos
E tudo foi feito pra mim.
Como é lindo meu jardim.

Mariinha
18/07/2011

domingo, 17 de julho de 2011

COMOÇÃO



Acordo
Levanto
Respiro o ar puro
Estou viva

xxxxxxxxxxxxxx
FICO COMOVIDA
xxxxxxxxxxxxxx

Olho do lado
Meu companheiro
Meu amor
Cheio d’ alegria
Neste novo dia
Razão da minha vida.

xxxxxxxxxxxxxxxx
FICO COMOVIDA
xxxxxxxxxxxxxxxx

Toca o telefone
Alô!É você meu bem?
Dormiu direitinho?
Quanto carinho
É minha filha querida.

xxxxxxxxxxxxxxxxxx
FICO COMOVIDA
xxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Passa o dia
Meus afazeres
Meus lazeres
Chega a noite.
_Olá Mãe!
Como passou o dia?
É meu filho
Que está sempre presente
Outra razão de minha vida
E eu, de tanto amor

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
DIUTURNAMENTE COMOVIDA
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Mariinha
15/07/2011

ACRÓSTICO PARA MINHA FILHA CLAUDIA MARIA


Cismo que
Lá no horizonte
Antes do sol aparecer
Uma gaivota canta baixinho
De uma maneira diferente
Irradiando toda a
A alegria, pela luz do novo dia que vai nascer

 Mais ao longe
 A cotovia canta alto
 Rompendo o silêncio
 Irmanando-se com a gaivota.
Ambas arrancam sonoros ecos do infinito


AMO VOCÊ FILHINHA!

Mariinha 16/07/2011

ACRÓSTICO PARA MEU FILHO MARCO ANTONIO


Mas, meu filho
Amar é isso?
Retumba forte no meu
Coração inquieto
O imenso querer que sinto por você

A certeza de tê-lo ao meu lado
Não tira a ansiedade que sinto
Tendo que algumas vezes senti-lo distante.
Ora, ora penso eu
Não posso ser assim
Impossível exigir que você seja melhor do que é
O ser completo e maravilhoso que me faz sempre estar firme, de pé.

Amo você meu querido
Mamãe 16/07/2011
mariinha
  

sexta-feira, 15 de julho de 2011

MINHA RUA


Minha rua é tão sem graça
Não tem coreto, pois não é praça
Não tem bar, nem um jardim.
O “pseudo-amor” vive trancafiado
Ninguém diz:- Bom dia! Como está?
E ninguém,
Ninguém mesmo liga para alguém
Esquecendo completamente
Que o destino de todos é o “Além”.


Minha rua é tão sem graça
Que, se não fosse o arvoredo
De rua próxima a ela
Abrigando os ninhos e a passarada
Que toda manhã adentra minha casa
Para alegremente bater asas
 Num barulho orquestrado e em bando
A fim de dar um sonoro bom dia a mim
Eu diria:_A rua onde moro é tão” fria”
Ela não serve pra mim.

Mariinha
15/07/2011

quinta-feira, 14 de julho de 2011

UM PRESENTE SINGELO


Hoje foi para mim
Um dia bastante especial
Ganhei de você um presente
Num gesto bem cordial

Num repente você apareceu
_Que surpresa! exclamei
_Vim trazer-lhe seu presente
E dito isto m’ofereceu

Fiquei tão alegre, tão contente e
Disse-lhe:_Não precisava
Incomodar-se comigo
Acrescendo ainda que:
Estava muito feliz consigo

Um misto de alegria
E dor em seu olhar
Ou preocupação talvez
Foi o que pude observar.

Falamos do trabalho e
Como sempre apressada você estava
O que não impedia toda atenção
Quando comigo falava

Mas minha cabeça tanto doía
Que meu sentido quase sumiu
Ergui pra cima minha mão
Respondi-lhe:- “até”
E nem vi quando você saiu.

Mariinha-11/06/1992