quarta-feira, 30 de março de 2011

E ENTÃO?


E então
Quer ou não me falar?
Se você continuar assim
Eu quieta não irei mais ficar.

Por que esse ar tão sisudo?
E qual a causa dessa testa franzida?
Isso não faz bem ,nem a você nem a mim
E eu lhe pergunto:
- Quando é que essa situação terá fim?

Como eu não mais agüento
Acho melhor que decida
Se não quer mais comigo viver
Não se intimide e vá dizendo logo
Que com toda certeza do mundo
A realidade eu irei entender.


No entanto , caso queira continuar
A compartilhar sua vida comigo
Você terá que muito mudar
Desde seu jeito intolerável
Até o ser menos ríspido e se não amável
Adquirir um pouco , pelo menos um pouco
Do básico da cortesia
Com que se trata um amigo.

Mariinha-30/03/2011


domingo, 27 de março de 2011

Etc e tal




É MUITO COMUM
FALAR...FALAR...FALAR
ESCREVER MUITO , SEM PARAR
E COLOCAR  ETC  PRA  FREAR .

MAS POR OU SEM QUERER
PENSANDO QUE TODO MUNDO VAI CRER
DEPOIS DE MUITAS INVERDADES
E UM TANTO DE BARBARIDADES
(E ALGUNS POLÍTICOS SABEM BEM DISSO)
APÓS TROPEÇAR NA “LÍNGUA”
REDIGINDO MUITO , MAS MUITO MAL
ACHAR AINDA QUE , O QUE ESCREVEU FOI
DIGNO DE CRÉDITO, FANTÁSTICO,“FENOMENAL” .

ESCREVEU MUITO
MAS NÃO DISSE NADA
NÃO TRANSMITIU INFORMAÇÕES
NÃO TOCOU OS CORAÇÕES.
NEM LEMBROU DA SOCIEDADE
PISOU E REPISOU NA GRAMÁTICA
E AINDA PENSOU QUE ERA O “ TAL “
E  O “ bem comum” - ciência da política -
ESTE- COITADO- É QUE FICOU MUITO MAL

ORA,MEU CARO
ESCREVER É BELO
MAS  É PRECISO SER SINGELO
SEM TANTA OSTENTAÇÃO .
E VOU LHE DIZER MAIS
QUANDO ESGOTAR O ASSUNTO
E QUISER COLOCAR ETC
POR FAVOR, ESQUEÇA DOS “ TRÊS PONTINHOS ”
POIS MESMO QUE NÃO ESCREVA BEM
E NEM QUEIRA SER O “TAL”
SEU ESCRITO NO PAPEL
PARECERÁ MENOS MAL

E CADA ELEMENTO DA SOCIEDADE
- “POBREZINHO”-
À CADA ELEIÇÃO ESPERA
TENHA FEITO O CORRETO:
_ ESCOLHIDO CANDIDATOS
DE UMA FORMA “ MENOS MAL “

E NÓS? QUE  COMPROMISSO TEMOS COM ISSO?
POIS BEM...  AS ELEIÇÕES SE APROXIMAM
PENSEMOS MUITO
AFINAL FAZEMOS PARTE DESTA MESMA SOCIEDADE
TEMOS NOSSOS DIREITOS
SAIBAMOS ESCOLHER
QUE NOSSO VOTO SEJA CONSCIENTE
NÃO SEJA INTERESSEIRO E CONSEQUENTEMENTE
,NÃO VOTEMOS MAL
E... TENHO DITO.
“ ETC E TAL “

mariinha 2010

sábado, 12 de março de 2011

EU ME AMO , SIM



Eu me amo por inteiro
Então não adianta
só colocar ,  o pequeno
Pincel no tinteiro

É certo que com ele
Traçarei meu exterior
Minhas curvas ,  meus cabelos castanhos , lindos
Caídos sobre a pele um pouco queimada
De uma mulher muito amada

Mas, como já disse
 eu me amo por inteiro
Amo minha sabedoria
Amo minhas ciências e essência
Amo meu nome- MARIA-

Então , ao invés de “ pincelar o nu “
Traço e esfumaço o abstrato do meu “ eu”
“EU “ que ainda não conheço por inteiro
Pois é misto do interior e exterior
Do grande mistério do “AMOR”

Amor por inteiro
Amor que sinto por mim
Por mim e pelos que me rodeiam
Puro
Sincero
Translúcido e
Verdadeiro
Mariinha 05/12/2010

CONTANDO UM POUCO DE MINHAS LEMBRANÇAS PROFISSIONAIS NUM MISTO DE PROSA E POESIA




Sou poetisa.Assim que aprendi as primeiras letras, formei palavras e versos.

Os eflúvios d’alma foram manifestados em todo decorrer de minha existência

Hoje, com sessenta e sete anos bem vividos, agradeço ao Pai das Luzes por ainda poder escrever e fazer bom uso dos dons que por ELE me foram auferidos.

A vida é uma estrada na qual caminhamos.(Grande novidade não?).
Em seu percurso encontramos flores e alegrias, espinhos e tristezas.( Nada de novo-claro-).

Podemos caminhar, ora num solo atapetado de pétalas aveludadas que masageiam nossos pés ,(que delícia), bem como, fincar esses mesmos pés nos ditos espinhos,ou ainda,dar fortes topadas em pedras pontiagudas.

No entanto a lei da sobrevivência nos impele a desviar do que nos é nocivo. Infelizmente nem sempre conseguimos.Haja vista os incautos que se aventuram em bifurcações da estrada que não os leva a lugar algum.

Tal qual uma planta, nascemos, crescemos e florimos. (Ah! Que saudade dos meus dezoito anos). Quantas lembranças de meus queridos pais.

Amo minha família. Especialmente meus dois filhos que felizmente optaram por outras profissões que não o magistério .

Volto a falar de mim.

O que nos diferencia, e muito das plantas é que temos alma  e espírito.
E seguindo as grandes ânsias de minha alma que ditavam meu ideal optei por ser professora.

E assim aconteceu:- Por sete anos fui professora substituta  em um tradicional grupo escolar de minha cidade.Amparo.

                                          Óh! Minh’Amparo te amo
                                          Tu és a coisa mais linda
                                         Quem não cantar teus encantos
                                         Não pode morrer ainda...

Êta letra bonita.Fui eu que compus. É um hino pra minh’Amparo.
Mas voltemos à carreira profissional.

Como substituta  eu tinha   remuneração apenas pelos dias que lecionava  (naquela época eram poucos pois os professores faltavam ao trabalho em casos extremos).

Mas eu era feliz.Muito feliz..Ia acumulando pontos e experiências variadas por cada dia da semana  em que ajudava as colegas efetivas em salas de aula. Aos sábados,é bom que se diga,também havia aulas.

Lembro-me muito bem do orgulho que sentia ao ser chamada de “PROFESSORA” (É sim,com maiúsculas).

Era “chique”, tanto quanto minha bolsa que carregava a tiracolo no percurso de casa à escola e vice-versa. Parecia-me que todos olhavam e pensavam:- È a PROFESSORA!!! QUE BELEZA!

                     Passaram se anos. Em 1968 consegui realizar meu grande sonho.Após ser aprovada em concurso de provas e títulos fui efetivada como professora do Estado de São Paulo.   
                                                 
                   E assim iniciei minha carreira no magistério.   

                   Viajava diariamente de ônibus não importando o tempo:sol,chuva,frio,calor e muitas vezes adoentada.

                  Ah!.Como era gratificante lecionar para alunos do curso primário.Lembro-me muito bem dos de primeiro ano.( Era assim a nomenclatura antiga).

                  No mês de setembro,quase todos os alunos já liam correntemente as lições do primeiro livro, jornais etc.

                  Eu nunca permiti que lessem “de soquinho”-era como  as crianças diziam dos que liam mal.

                 A leitura tinha que ser clara, fluente e ritimada.

                 Além da Língua Pátria, meus ex-alunos, não só os de primeiro ano mas de todas as séries para os quais lecionei, tinham grande contato com as artes, principalmente a música.

                Cantavam e como cantavam.Certa feita recebemos a visita  do Senhor Governador do Estado de São Paulo.Se não me falha a memória as crianças eram do 3º ano. E o Governador ficou emocionado ao ouvir e ver crianças tão simples homenageá-lo:

“Seja bem vindo
Aqui entre nós
Governante ilustre
As palavras não podem traduzir
A alegria que hoje nós sentimos ...

                  E por aí ia...( É o trecho de que me recordo).-Tal visita encontra-se registrada no livro apropriado da EEPG”Antonio Rodrigues da Silva” em Morungaba-Estado de São Paulo e o governante era o Dr.Laudo Natel.

                 Quanta alegria!Que honra!Minha e de meus pequeninos.

                Ainda falando de música. Nos últimos anos de minha carreira resolvi associar música a Estudos Sociais.

               Então o que fazia?

               Transpunha o conteúdo do asunto ,por exemplo de história, para um poema.Depois de pronto, colocava uma melodia e levava para a sala de aula.

              As crianças, cantavam (e como gostavam...)

             Cantando aprendiam . Aprendiam cantando e se alegrando.

             Minhas trêmulas mãos-aliás elas sempre tremeram-arranhavam timidamente as cordas do violão que ganhei num concurso de poemas da Rádio Bandeirantes de São Paulo num programa de Vicente Leporaci intitulado “ O cronista é você”.( Por sinal o nome do poema é “Você Criança” e fala sobre a criança pobre na escola na hora da merenda escolar quando está com muita fome...).

            Consequentemente     os alunos iam aprendendo por exemplo que...

_Por causa que os franceses
Invadiram Portugal
Dom João VI veio ao Brasil
Com sua família Real...


 Arte , didática , motivação , alegria e o resultado satisfatório:  -VERDADEIRA APRENDIZAGEM.

      O alcance dos objetivos propostos eu notava ao fazer as avaliações.Os conceitos iam de médio a excelente.

      Era prazeroso ensinar e eu percebia  que aprender também o era.,pois os alunos eram assíduos e aplicados.Felizes.Tinham um “motivo” (e todo motivo,psicológicamente falando, é intrínsico) para não faltarem às aulas.

Antes que me esqueça.Todo esse trabalho era muito bem planejado em minha residência e eu não ganhava horas extras por ele.

Meu salário no final do mês,pode-se dizer que era bom e satisfazia minhas necessidades materiais.

Dia à dia eu ia aprimorando meus conhecimentos e habilidades através de cursos, cursinhos.Participava de todos.Fiz Faculdade de Pedagogia e complementei com habilitação em Supervisão Escolar . Além do aprimoramento profissional havia uma vantagem de remuneração que a legislação oferecia aos professores graduados .( Foi boa enquanto durou).

No finalzinho da carreira, faltando aproximadamente quatro anos para satisfazer os requisitos necessários para requerer aposentadoria, fui convidada pelo senhor Delegado de Ensino de Amparo, para prestar serviços de natureza técnica junto àquele órgão. Levei um grande susto pois nunca imaginei tal alegria e aceitei , mui embora amasse meus alunos ,mas tinha uma grande vantagem:não mais precisaria viajar e ficaria mais tempo com minha família ,além de poupar e muito o desgaste com minha saúde.

 E assim , iniciou-se a última etapa de minha vida profissional.

Assessorava o senhor delegado de ensino,trabalhava feliz,aprendia mais e mais, enfim,crescia profissionalmente.

Até que em 19 de março de 1989 requeri a aposentadoria pois precisava cuidar de um familiar que estava bastante enfermo e só podia contar comigo.Não consegui conciliar trabalho e dever famiiar.Fim.

Passei a ser professora aposentada cujo salário foi ficando cada vez menor,Até a tão sonhada e conseguida gratificação por ter cursado pedagogia(lei i444 –Estatuto do Magistério Paulista-)  desapareceu sutilmente face a vários reenquadramentos  por que passaram os cargos de magistério por força de novas leis.

Leis, decretos com instituição de novas gratificações, bônus de valorização e...o pior...sempre, mas sempre mesmo o professor aposentado de fora.

Tinham os senhores  secretários de educação ,( claro  que para satisfazer governantes com desculpa de respeitar a tão falada “Lei de “Responsabilidade Fiscal “)    o mesmo “ ângulo de visão “ que é:

 “- Professor aposentado?

Ora , ora ... sinônimo de improdutividade.

Pessoas à beira do final da vida”.

Ou será que estou enganada?Haveria uma desculpa melhor para a exclusão dos mesmos quando são propostos benefícios( ainda que raros) aos da ativa?

Disse tinham ,  pois ainda confio no atual Secretário Dr, Paulo Renato Costa Souza, pra mim um dos melhores que tivemos.

Professor aposentado ainda guarda na memória as coisas boas que esse senhor fez pelo magitério em sua anterior gestão à frente da Pasta da Educação, haja vista ter trabalhado muito para a feitura da lei 444-Estatuto do Magistério tendo na ocasião dado aos professores oportunidades de expressar seus anseios.

Como diz o velho ditado:_”Esperança-a última que morre.

Ainda espero alguma coisa, mas ao mesmo tempo vislumbro mentalmente a denotaçaõ imaginativa de um texto de Oscar Wilde(não me lembro de qual obra) e peço aos senhores governantes que façam o mesmo.A conclusão que tirei no final da mesma não serve pra mim.

Senão vejamos:

“Casa do Firmamento.

Silêncio total.Aparece o homem após ter cumprido sua missão na terra.

O Senhor abre o Livro da vida (do Homem que está a sua frente) e chega a um veredito.

Desesperado o homem grita:

_Não!................... Ao inferno não quero ir.

Rico em Misericórdia diz o Senhor:

_Pois bem meu Filho podes subir ao Céu.

E mais desesperado ainda o homem balbuciou:

_Eu não sei como chegar Lá...”

E o silêncio se fez novamente “

Fim do texto.

Fim da denotação.

Sem comentários.

Dando graças a Deus novamente, primeiro, por estar viva,segundo por minha família maravilhosa; também por meu adormecer tranquillo com a consciência de ter cumprido fielmente meu dever de professora e por tudo mais é que  neste Concurso_Talentos da Maturidade” apresento em forma de prosa um pouco de minhas memórias de professora.

Aproveito o ensejo e dou um pouco mais de asas à imaginação para que minha veia poética  possa cantar em versos o :





OLHAR DE MEU DEUS




Penumbra
Tênue luz
Visão informe
A “IMAGEM “ que flutua no ar

Painas bailando?
Não.
Sugestão?
Não sei...
Ouço
Ou melhor, nem ouço
As batidas de meu coração

Outra vez
Baila a “ IMAGEM”
De repente...
TEU OLHAR!!!

Mistério.
Sinto um “ não sei què”
Êxtase?
Não sei...
Sono profundo?
Freud explica
Ou não?

É manhã
Vislumbro um raio de sol
Bom dia e
Obrigada Senhor

Sabe meu Deus?
Acho que não senti meu coração
Pois

Ele estava com Você.



mariinha- Trabalho concorrente- Concurso:Talentos da Maturidade-Bancos Real & Santander

A MUSA E O TÚNEL


A musa abaixou-se
E cochichou ao meu ouvido:
-Não fale de coisas fúteis
Nem tampouco deixe o leitor comovido

De que falo então ? Oriente-me por favor!
Não faça como de outras vezes
E , quando precisar se ausentar
Inteire-me , seja qual for o lugar para onde for

-Calma! Disse-me a Musa sorrindo
Não fui a lugar algum
Aconteceu que:
No seu coração
Passei um longo tempo dormindo

E você nem se apercebeu
Porque vive  “mais fora que dentro”
E, sendo que , tudo julgava em ordem
Não fez mais qualquer introspecção
Deixando em perfeito silêncio
O berço de seu coração

Mas vamos lá! Mãos à obra !
Fale em seus versos sobre
O “TÚNEL DAS DROGAS”.
Aquele túnel de entrada larga
Larga e cheia de luz...
Mas  advirta a todos que , não se iludam
pois o túnel a lugar nenhum conduz

Diga também e frise bastante que:
No meio , bem no meio
Ele é bastante apertado
E estreito, muito estreito
Com sombras e escuridão
E quem dentro dele entrar
Caso queira retornar
Vai encontrat mil obstáculos

O pé quase não mais alcançará o chão
E o adentrante irá sofrer , suar , chorar e...
Só por Deus e com muito esforço
Do túnel poderá escapar

Mariinha-março 1998

PARA LEONOR

A    RECOMPENSA DO PROFESSOR


30 anos são passados
Mas das lembranças não saem
As alegrias de passar quase toda uma vida
Ensinando
Ensinando e aprendendo
Pois com crianças também se aprende


Ela, sempre dizendo:
Sou pobre,professora
E eu corrigindo:
_Aqui  ninguém é pobre
Todos são iguais

E correram dias ,meses,anos
Correu  a vida
E, trinta anos depois
Da mesa de um restaurante
Ela-a meninazinha  -hoje mulher
Me olhava fixamente com o mesmo carinho

Até que...
Não se conteve
Certificou-se que
Eu, era  Eu  MESMA -A professora


Me abraçou
Chorou
Pediu desculpas pela alta sensibilidade
Abracei-a
Seu marido e seu filhinho olhavam-nos perplexos

Marcas indeléveis de um grande amor que ficou
Recíproco
Aluna X  Professora
Ela, agora, nova “jovem -professora”
Eu, professora-aposentada
Mas, sempre professora
Cheia de alegria
E colhendo os frutos da semente que
Há trinta anos plantei

Mariinha
Direitos reservados
(Para Leonor ex-aluna da E.E.P.G “SYLVIO DA AGUIAR MAYA” Município de Pedreira S.P