segunda-feira, 7 de novembro de 2011

ANJOS DE ASAS ENGOMADAS




Estava uma festa

Ouvia-se uma gritaria

No céu era só alegria.



As passadeiras corriam

De um a outro lado

Do canto esquerdo ao direito

Tinham que acabar o serviço.



O tempo estava correndo.

Vida de prestadoras era isso;

E tudo tinha que ostentar o maior viço.



Pronto! Tudo certo.

Os anjos iriam viajar.

E, já com as asas engomadas,

Pegaram carona na primeira nuvem que passava

Deram adeus aos que ficaram

E, felizes, muito contentes

Para o Planeta terra rumaram



Tinha aqui, cada qual sua missão

Ou melhor dizendo:- a missão era a mesma.

Cada ser sim, é que era diferente.



Enfileirados nos berçários, os bebezinhos.

Outros, nas próprias casas

Rodeados das mãezinhas e das parteiras

Esperava cada qual “o anjo guardião”

Que Por eles zelaria a vida inteira.



De peitos estufados

Sorrindo, atentos

Irradiando luz

Eles-os anjos-chegaram.



Ninguém via nada

Nem podia sentir a satisfação

Daqueles anjos felizes

Que tinham as asas engomadas

E, nos olhos

O brilho

Carregado dos mais ricos matizes.

27/08/2011 mariinha

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