quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

REFÚGIO À BEIRA-MAR

Sentada na fina areia
Tomando banho de sol
Vejo as ondas, crespas, lindas
E ao longe, o lugar do arrebol

Maravilha d’oceano
Gaivotas pelo ar
Como é bom sossegadinha
Sentir brisa à beira-mar.

Vejo à distância um veleiro
Num arrojo sem igual
Vejo flores e devotos
Num sagrado ritual.

“Iemanjá é a Rainha do Mar...”
Ouço cantos e batuques
Vejo longos e belos colares
Pais de Santo murmurando
Muita gente rodeando.

Uns curiosos, outros crentes
E eu, também querendo cantar
Como é pura a humanidade
Quando se volta pro mar

Olhando suas verdes ondas
Vendo toda maravilha
Do cenário de beleza
Que se estampa numa ilha

À beira-mar esquecemos
A inveja, mal primeiro
De todo homem vaidoso
Que sempre quer ser pioneiro

E, como Deus fica triste
Com o orgulho das pessoas.

Velejemos devagar
No profundo mar da vida
Que fica muito mais bela
Quando a vivemos em plenitude
E, não apenas passamos por ela.

Mariinha-1980

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