A primeira grande ferida de minh’ alma
Abriu-se há trinta e dois anos atrás
Dia de São João
Manhã de inverno e eu
Conhecendo um pedacinho do inferno
Um inferno de dor
De desespero
De agonia
Inferno porque
Repentinamente e sem a
Ninguém avisar
Sorrateiramente desta vida
Isso mesmo...
Isso mesmo...
Sem a ninguém avisar
Minha querida mãezinha partia
Não sei o que estava mais frio
Minha mãe que inerte jazia
Ou todo meu corpo
Que nem mais vestígio dava
De sustentar todo o sangue que por ele escorria
Creio que grande parte do precioso líquido vermelho
Formou coágulos em meu coração
E eu chorava de tristeza, muita tristeza
misturada à emoção.
Uma tristeza tão forte que
Fincou-se em Minh’ alma
Formando uma grande cicatriz
Cicatriz que hoje lustro
Com um pano fino de saudade
Lembrando com muito carinho
De você mamãe, a pessoa que mais me amou.
E que me fez muito feliz
E por quem hoje mesmo passados trinta e dois anos
Ainda me lembro que foi
A mulher exemplo
A esposa fiel
E o grande ícone da bondade.
Mariinha 24/06/2012
PS.-Rezamos por você mamãe Rosária: Mariinha. Maria
Inês,Maria do Carmo
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