quarta-feira, 18 de maio de 2011

O LENÇO




Não precisa ser
Necessariamente branco
Pode ser azul , mas...
Perfumado

Ele apara lágrimas.
Lágrimas que rolam dos olhos
E salpicam as faces.
O lenço azul , enxuga uma a uma
Com sofreguidão.
Parece saber que:
Embora caindo dos olhos
Pobres lágrimas...
Brotam do fundo...
Bem do fundo do coração.

E outros dois olhos brilhantes
Ficam a observar:
... __ Perdão minha menina

O lenço é a única coisa
Que posso lhe oferecer
Mas saiba , sofro muito
Vendo lágrimas tão sentidas
Sua pálida face entristecer.

14/05/94- Ao PE.amigo e irmão José Rubens de Lima (Por sinal
O lenço azul era dele e o tenho até hoje ). Em Memória.

Publicado  no Jornal-“O Menestrel”-julho agosto1994

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