terça-feira, 2 de julho de 2013

TEMPESTADE




De repente do nada
Escureceu
Raios riscavam o céu
As nuvens estufaram e zás
O aguaceiro vindo do alto
Começou a encharcar a terra
Estava muito escuro
Como que se no firmamento
Houvesse o negrume de um véu

Eu cá de dentro de casa
Fiquei observando a cena
Claro que temerosa
Porque de tempestade não gosto
É muito barulho
Ventos uivando
E eu de medo me arrepiando

Os galhos do manjericão
Sentiram a força do vento
Dobraram-se; alguns quebraram
E folhas atapetaram o chão
Fato este que causou uma
Indescritível confusão

Confusão sim porque algumas
Obstruíram o ralo e a água ficou sem vazão
E o aguaceiro ia aumentando 
E meu quintal inundando.
E as folhas continuavam caindo
E na imensidão das águas iam boiando
E eu cá de dentro
Só olhando
Olhando...

Então me pus a pensar
Essa é tempestade exterior
Mas a interior que invade meu coração
Faz com ele um estrago parecido
Faz cair do ramo de minhas ilusões
Folhas de desilusões que sem clemência
Bóiam no chão de minha existência

Uma hora tudo cessa
Inclusive as tempestades
Que causam tantos estragos
À mãe natura
E a mim
Que sou de Deus Filha e Criatura

Tenho em meu peito a grande Esperança
E a firme certeza também que
Após qualquer tempestade
Vem a, bonança; ainda bem!

Mariinha-02/07/2013

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