Casa de poeta
Não tem porta
É toda aberta
Mas... há uma musa alerta
Casa de poeta não tem telhas
Mas tem uma bonita chaminé
Por onde entram os raios
Do mais fulgurante sol
Que assiste de camarote
Os mais bonitos ensaios
Do entardecer ao arrebol
Na casa do poeta
Sentados em cadeiras de fantasia
Os pontos, as crases
Os acentos atrevidos
Esquecem a modernidade e
Bem trajados, coloridos
Curvam-se à inspiração
Que obedecendo a
vontade
Tiram do fundo da alma
Versos e rimas soltas
Fazendo o dom do poeta
Transformar-se em oração.
E haja chuva
Ou venha o vento
Faça frio, faça calor
Na casa de todo poeta
Há sempre aposento arrumado
Para abrigar o Amor.
Mariinha 13/04/1996
Revisão 06/06/2013
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